Entender como nós vamos nos
locomover no futuro é a “pergunta de um milhão de dólares”, define Andrea
Kollmorgen, VP de eMobility da Siemens.
A executiva alemã liderou o
painel sobre o assunto no Siemens Fórum 2019, que aconteceu nesta semana em São
Paulo, e conversou exclusivamente com Autoesporte.
Kollmorgen deixa claro que não
existe uma solução única para pensar a mobilidade do futuro. Uma das apostas da
Siemens é uma solução integrada que contempla quatro pilares: a autonomia, a
conectividade, a eletricidade e o compartilhamento.
Mas uma pergunta se levanta: será que os motoristas querem esta realidade? “As pessoas precisam ter opções”, ela crava. "Você não pode simplesmente proibir motores a combustão em uma cidade. Você precisa prover um portfólio de opções. Dizer: ‘sem mais motores a combustão, mas aqui estão as alternativas".
Mas uma pergunta se levanta: será que os motoristas querem esta realidade? “As pessoas precisam ter opções”, ela crava. "Você não pode simplesmente proibir motores a combustão em uma cidade. Você precisa prover um portfólio de opções. Dizer: ‘sem mais motores a combustão, mas aqui estão as alternativas".
Para que os usuários se adaptem
ao novo mundo da mobilidade, a executiva aponta que o desenvolvimento da
tecnologia e de alternativas “convenientes, seguras e confiáveis” não é tudo:
também são necessários tempo, campanhas e iniciativas de conscientização.
Além disso, um outro stakeholder
essencial precisa ser envolvido: os estados. “Os governos são players importantes
em tudo isso, tanto para dar início e subsidiar quanto ocupar um papel ativo de
longo prazo no engajamento destes projetos”, Kollmorgen enumera. Mas a executiva lembra que nem
todos as administrações públicas estão preparadas para enfrentar o desafio que
é pensar em uma mobilidade integrada e conectada.
“Tipicamente, em governos, existe
alguém responsável por energia, outra pessoa por mobilidade. E agora eles
precisam conversar, tomar decisões juntos, até investir juntos. Mas estados não
são formatados para isso”. De acordo com a executiva, tempo e uma comunicação
aberta e honesta desde o princípio é o necessário para que governos não fiquem
na defensiva em relação às novas tecnologias.
Outra frente na qual o sistema de
mobilidade precisa da ajuda de governos é a da proteção da cibersegurança. Em
um mundo conectado e com vazamentos de dados frequentes, colocar todo o sistema
de transporte — incluindo os dados de locomoção dos indivíduos — na nuvem gera
desconfianças. “Nós precisamos dos legisladores
conosco desde o dia um para que tudo seja garantido. É algo que não
pode ser apressado. Se você não tiver a abordagem correta para a cibersegurança
desde o começo, você não vai poder voltar atrás”, conclui Kollmorgen.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: Autonomia, conectividade, eletricidade e o compartilhamento devem ser os pilares da mobilidade do futuro
Publicado no
Verdesobrerodas
Por Auto Esporte conteúdo
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