Várias marcas de automóveis teceram
críticas perante a intenção do governo da Índia em forçar essa indústria a
converter-se, por completo, aos carros elétricos até 2030.
Talvez a crítica mais
interessante, pragmática e reveladora tenha sido do responsável da Mercedes na
Índia, Roland Folger. Sem papas na língua e com uma
mente aberta, Folger abordou o futuro e admite que não faz qualquer sentido
mudar o mercado automóvel somente num único sentido: elétricos.
Para o presidente da Mercedes: …dentro de pouco mais de duas décadas, todas as populações vão conduzir automóveis a hidrogênio! “Esta ideia de uma nação inteira mudar para carros com baterias parece-me algo precipitada pois, em 2040, já todo o Mundo estará a guiar carros a hidrogênio”, afirma convictamente.
O responsável da Mercedes tem fé
inabalável na evolução da tecnologia da célula de combustível (conhecida
mundialmente como fuel cell – célula de combustível.) que através da
reação do oxigênio do ar com o hidrogênio produz a energia suficiente para
alimentar um motor elétrico. E, o mais importante, não tem emissões poluentes.
Saiba mais sobre as vantagens e desvantagens das
células de combustível.
Outro ponto a favor dos veículos
movidos a hidrogênio é dispensarem do gigantesco investimento de
infraestruturas de carregamento, algo que é fundamental para os milhões de
automóveis elétricos. “Poderá o governo investir milhares de milhões de dólares na construção
de estações de carregamento e respectivas infraestruturas? Se não, quem pagará
a conta?
Certamente que não será o setor privado. E mesmo que o governo reúna
os fundos necessários, valerá tão grande esforço só para conseguir reduzir
ligeiramente a poluição?”, questiona Roland Forger. Ora, estas questões são bastantes
pertinentes se tivermos em conta que a geração de energia elétrica ainda é
feita maioritariamente a partir de combustíveis fósseis em muitos países.
Apesar da marca Mercedes
se preparar para oferecer produtos 100% elétricos com baterias sob a submarca
EQ, Ronald Forger defende que automóveis a hidrogênio têm baterias mais
pequenas e, dessa forma, não exigem uma infraestrutura tão cara e grande para o
seu carregamento. A solução mais inteligente para a transição seriam os
híbridos plug-in.
Atualmente, só a
Hyundai, a Honda e a Toyota estão a comercializar veículos movidos a
hidrogênio. No último salão de
Frankfurt, a Mercedes apresentou o GLC F-Cell que utiliza a tecnologia fuel
cell e garante uma autonomia de 437 km. Este modelo já está a ser testado e
conta com 200 cavalos de potência e um depósito de hidrogênio que se liga a uma
bateria de iões de lítio que pode ser carregada na tomada.
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sustentável
Postagem: Mercedes diz que carro do futuro será a hidrogênio
Publicado no
Verdesobrerodas
Por Portal Energias Renovávei conteúdo
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