Em alguns momentos, já dá
para tirar as mãos do volante com certa segurança. Os pés podem descansar; o
carro acelera e freia sozinho dependendo da velocidade do veículo que vai à sua
frente. Mas nada de tirar os olhos da pista. Ainda estamos um pouco longe do
dia em que o ser humano vai ser definitivamente dispensável atrás do volante,
mas o caminho é este - o futuro é dos autônomos. Autônomos e, ao que tudo
indica, elétricos…
Estamos na Califórnia, onde o futuro da mobilidade urbana já começou a ser traçado. Por aqui, com a missão de acelerar o desenvolvimento tecnológico e encontrar respostas para tantas questões que envolvem substituir o motorista humano por veículos robóticos, um ecossistema de empresas de diversas partes do mundo se reuniu na região do Vale do Silício, berço internacional de inovação e tecnologia. A máxima é: aplicar recursos tecnológicos e muita inteligência para que os carros, sozinhos, possam tornar o trânsito mais seguro, eficiente e sustentável nos quatro cantos do mundo.
Nós tivemos a
oportunidade de experimentar este novo elétrico pelas ruas de San Francisco.
Além do silêncio ao dirigir, para o motorista, pouca coisa o diferencia de um
carro a combustão de alto padrão. Mas o que chamou mesmo nossa atenção foram as
tecnologias embarcadas no modelo que, de alguma forma, já dão certa autonomia
ao carro.
Com quatro câmeras ao seu
redor e diversos sensores, o veículo tem piloto automático adaptativo. Sem a
intervenção do motorista, acelera e freia de acordo com a velocidade do carro
que vai à sua frente. Mais legal e surpreendente é o novo sistema de
reconhecimento de faixas de rolagem. Quando ativo, permite, ainda que por
poucos segundos, tirar as mãos do volante com alguma segurança; inclusive em
curvas e a mais de 80 quilômetros por hora.
O preço dos sensores não
é problema para este universo de empresas que pesquisa e desenvolve os
primeiros passos dos autônomos. Mas para construir veículos acessíveis
comerciais, esses sensores ainda não estão disponíveis. Este é só um dos
desafios dos autônomos. Afinal, mais do que isso, como integrá-los na sociedade
e não levar uma eternidade para isso? Não dá para simplesmente adaptar ou mudar
tudo, construir novas estradas, novas cidades; impossível.
Ou seja, os
autônomos vão ter que, de alguma forma, se encaixar na nossa realidade. Isso
não vai demorar e cada empresa tem sua visão da melhor forma para que essa seja
uma convivência sadia. Essa montadora japonesa
reuniu cientistas e engenheiros no seu centro internacional de pesquisa no Vale
do Silício. Em uma parceria com a agência espacial norte americana, a Nasa, a
grande aposta da marca para o futuro dos autônomos está na operação
remota…a distância.
O projeto promete
combinar inteligência artificial com intervenção humana. A iniciativa vai
permitir que veículos autônomos tomem decisões em situações imprevisíveis a
partir de comandos de seres humanos em grandes centrais de controles e, através
da conectividade e inteligência artificial, repasse o comando para outros
veículos robóticos. Imagine, por exemplo, quando um carro autônomo tiver que
desviar de um bloqueio. O primeiro que encontrar o obstáculo receberá o comando
da central e, consequentemente, todos os outros “aprenderão" com a ação.
A princípio, a ideia é
que cada operador seja responsável por cinco veículos autônomos nas ruas. Mas,
com o passar do tempo e o aprendizado das máquinas, esse número pode chegar a
100 veículos robôs por ser humano.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: Veículo autônomo e elétrico tem meta de tornar trânsito mais seguro
Publicado no
Verdesobrerodas
Por Olhar Digital conteúdo
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