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Contrariando, de certa
forma, a tendência que muitos fabricantes evidenciam de afastamento dos salões
automóveis, a Tesla marca presença no Salão de Paris, com o seu Model 3 a
concentrar, naturalmente, as atenções de muitos dos jornalistas e do público em
geral.
O mais compacto dos
modelos elétricos da Tesla assume-se como um veículo de importância fundamental
para a marca de Elon Musk, que no terceiro trimestre produziu um total de
80.142 veículos, um valor recorde para a companhia, dos quais 53.239 unidades
correspondem ao Model 3 (os restantes foram 14.470 Model S e 13.190 Model X),
já em variantes de tração traseira e integral.
Assim se compreende a relevância deste modelo elétrico, que quebra em muitas formas os cânones dos automóveis atuais, até pela inclusão de diversas tecnologias de conectividade e assistência à condução que incluem atualizações dos sistemas de condução autônoma (Autopilot) por via remota. Em última instância, tal permitirá, no futuro, que consiga receber funcionalidades de condução totalmente autônoma.
A marca aplica neste
carro a sua receita de quatro pilares fundamentais que foi definida por Elon
Musk para os seus produtos e que se definem nos capítulos de tecnologia,
desenho, prestações e segurança. Neste último aspeto, a marca destaca os
resultados obtidos nos ensaios de colisão da entidade americana de supervisão e
segurança rodoviária, a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA).
Além do seu estilo
bastante evolucionário, que recolhe alguma inspiração dos ‘irmãos’ S e X, o
Model 3 demarca-se pelo maior cuidado aerodinâmico de 0.23 Cd de arrasto, mas
também por linhas mais fluidas e limpas que rejeitam qualquer noção de grelha
dianteira, ao contrário do que se via, por exemplo, no Model S.
De igual forma, o pack de
baterias encontra-se situado sob o piso entre os dois eixos, permitindo assim
um centro de gravidade mais baixo e melhor repartição de pesos. O perfil
desportivo da carroçaria (em apenas 4,69 metros de comprimento) não rejeita uma
habitabilidade de bom nível, nem um interior que poderá parecer espartano em
termos de comandos, mas que se revela muito ‘hi-tech’, algo que a Tesla já
habituou os seus clientes.
Contudo, no caso do Model
3, o cenário vai ainda mais além. O painel de instrumentos tradicional à frente
do condutor desaparece e a totalidade das informações é agrupada na tela central
de 15 polegadas na diagonal, algo que requer muito mais habituação por parte do
condutor, sobretudo na visualização das informações – como a velocidade – e dos
ajustes de elementos como o volante, espelhos retrovisores ou aquecimento.
No total, a receita de
redução de comandos físicos deixa apenas uns poucos botões ‘resilientes’, como
os das portas (é através de um botão que as portas se abrem a partir do
interior), os do volante (que funcionam em consonância com o tela tátil em algumas funcionalidades) ou o de sinalização de emergência, vulgo ‘quatro
piscas’. Só porque não é permitido aboli-lo… Chave também é coisa que ‘já era’,
com a Tesla a fornecer um cartão semelhante a um qualquer cartão de crédito ou,
apenas e só, recorrendo a acesso por smartphone. E nem porta-luvas escapa, uma
vez que para abri-lo também terá (já adivinhou) de recorrer a tela tátil.
A representante da Tesla
no Salão de Paris não dispõe ainda de uma data definida para o início das
entregas do Model 3 no mercado europeu, nem mesmo preços definidos para o
modelo elétrico de que tanto se fala, mas a data prevista para a sua introdução
– para já dos modelos de tração traseira e motor único – é o final do primeiro
semestre de 2019, seguindo-se mais para o final do ano o modelo com motor duplo
com a sigla P de Performance, ou seja, o mais desportivo, com uma aceleração
dos zero aos 100 km/h em apenas 5,1 segundos.
A Tesla tem na calha o
lançamento de duas variantes em termos de autonomia, uma denominada Standard
Range e a outra Long Range, com 354 e 499 quilômetros de condução entre
carregamentos, respetivamente. Estes valores são obtidos de acordo com o ciclo
da EPA, entidade que mede as emissões e certifica as autonomias para os Estados
Unidos da América (EUA). Os preços no lado de lá
do Atlântico iniciam-se nos 35.000 dólares para a versão base Standard, subindo
para os 49.000 dólares na versão de entrada Long Range.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a mobilidade
sustentável
Postagem: Tesla mostra Model 3 no Salão de Paris
Publicado no
Verdesobrerodas
Por Motor 24 conteúdo
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