
Embora as vendas tenham
crescido em quantidades impressionantes, elas representam ainda uma porcentagem
muito pequena (cerca de 2%) das vendas totais de carros novos, e uma fração
ainda menor do número total de carros em circulação.
No entanto, a Ipsos Mori, empresa de pesquisa de mercado do Reino Unido, acaba de concluir um levantamento que pode sugerir alterações em breve para esse quadro.
No entanto, a Ipsos Mori, empresa de pesquisa de mercado do Reino Unido, acaba de concluir um levantamento que pode sugerir alterações em breve para esse quadro.
Após entrevistar 4.500
pessoas na Bélgica, França, Alemanha, Hungria, Itália, Polônia, Espanha, Suécia
e no Reino Unido, a pesquisa da Ipsos descobriu que 4 em cada 10 europeus (40%)
acreditam que seu próximo carro será elétrico. Desses 40%, 7% disseram
que é muito provável, enquanto os restantes 33% disseram que provavelmente
comprarão um veículo assim.

Mais de 60% dos
entrevistados, segundo a Ipsos Mori, disseram que gostariam que a indústria
promovesse mais esse tipo de veículo e explicasse melhor suas vantagens.
Como sempre, o maior
obstáculo para realizar essa “vontade” de ter um carro elétrico continua sendo
o preço, considerado muito alto.A Noruega, por enquanto,
é o único país que já ultrapassou essa marca: mais de 50% dos carros novos
vendidos no país são elétricos.
Pelo menos no caso
europeu, com o crescimento das restrições e até mesmo proibições a carros
movidos a gasolina e diesel, parece correto supor que essa vontade de ter um
elétrico poderá se transformar, também, numa necessidade. Isso porque, diante
da impossibilidade de circular livremente com um carro a gasolina, o cidadão,
na hora de trocar ou comprar um novo veículo, vai pensar duas vezes, ou será
induzido a optar por um veículo com emissão zero de poluentes.
Para o brasileiro, onde
sequer a inspeção ambiental veicular foi implementada, mesmo sendo lei federal
há anos, essa realidade vivida pelos europeus está ainda muito distante. Se a
formulação de políticas é praticamente inexistente nos organismos
governamentais (basta ver a total falta de incentivo ao transporte coletivo,
mesmo o movido a diesel), a isso devemos somar a falta de incentivos à
eletromobilidade no país, e ao receio das montadoras de investir num veículo
que, além de caro, não conta com uma infraestrutura abrangente – ou seja, uma
ampla rede de recarga espalhada por todas as cidades e estradas brasileiras.
Resumo da ópera: quem
desejará um veículo que, além de caro, limitará seus movimentos diante da
pequena quantidade de postos de “abastecimento”? Enquanto a Europa
descortina novos horizontes para os veículos elétricos, ao brasileiro resta
viver ainda no fechado mundo da gasolina e do Euro 5.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a mobilidade
sustentável
Postagem: Quase metade dos europeus prefere veículo elétrico.
Publicado no
Verdesobrerodas
Por Adamo Bazani conteúdo
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