"É comum dizer-se que os
portugueses tendem a aderir de forma pioneira e com entusiasmo às tecnologias
transformadoras do mundo. A mobilidade elétrica não é exceção”, diz Vera Pinto
Pereira. A opinião da administradora da EDP é comprovada, por exemplo, pelo
terceiro lugar europeu atingido na venda de veículos elétricos. São números que
duplicam a cada ano desde 2016 e que colocam “Portugal no grupo de países
líderes na descarbonização dos transportes”, garante o secretário de
Estado-adjunto e do Ambiente, José Gomes Mendes.
As oportunidades (não só financeiras, mas também ambientais) de um setor visto como de futuro parecem evidentes, o que se tem refletido num olhar mais atento por parte dos grandes nomes. “Vemos cada vez mais marcas a apresentar novos modelos, com mais autonomia, e mais econômicos, mas vemos também muitas empresas a adquirirem frotas elétricas, participando ativamente nesta mudança”, garante Henrique Sánchez, presidente da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE).
Aposta a que o EDP Open
Innovation não é alheio. A sétima edição do projeto que resulta da união entre
o Energia de Portugal e o Prêmio EDP Inovação mantém o seu foco no campo dos projetos energéticos inovadores.
Até porque por cá, as condições são de incentivo à mobilidade elétrica.
Espalhados por mais de 50 municípios, existem atualmente 1250 pontos de
carregamento normal e 49 pontos de carregamento rápido integrados na Mobi.e, a
primeira rede do gênero a nível nacional e que existe desde 2010. “Nos próximos
três meses deverão estar instalados mais 404 pontos de carregamento na rede
pública”, avança o governante, enquanto destaca incentivos como os €2,25
milhões anuais para a compra de veículos por particulares ou empresas.
Os apoios e o investimento,
aliados à sensibilização crescente da sociedade para o impacto da mobilidade
elétrica, ajudam a explicar o crescimento acelerado das vendas e muitos dos
valores que nos colocam no pelotão da frente. Como o que se se registou ao
longo de 2017, com o volume de energia utilizada nos postos de carregamento a
chegar aos 335 MWh. Número que já registou um crescimento homólogo de 125%
entre janeiro e julho deste ano.
Trata-se de um verdadeira arena onde algumas startups têm despontado em Portugal com projetos que podem dar que falar. É o caso da Movtz, que desenvolveu uma solução de carregamento de carros elétricos para estacionamentos privados.
Sentimento que move também a
Drivit, empresa que desenvolveu uma plataforma que se liga ao carro e “permite
recolher um conjunto de informação para desenvolver novos tipos de serviços
associados à mobilidade. Ou
seja, utilizar os dados recolhidos não só para benefício do utilizador, mas
também da sustentabilidade.
O passo em frente para a rede
passa pelo final da utilização gratuita dos postos, algo que é visto por José
Gomes Mendes como “essencial”, e que começou agora com o pagamento dos
carregamentos rápidos para, no próximo ano, se alargar a todas as modalidades.
O Governo está também a estudar a instalação de áreas de carregamento de
iniciativa privada em grandes parques de estacionamento. O objetivo é que “todo
o negócio passe a funcionar por regras normais de mercado”, adianta. Até porque
“só conseguiremos cumprir com as nossas metas de descarbonização se avançarmos
na eletrificação da mobilidade.”
As grandes marcas também já
assumem cada vez mais a mobilidade elétrica como uma certeza e vão apresentando
novidades. É o caso da Mercedes e o seu Vision Cibernetic, uma frota autônoma
para transporte de pessoas e mercadorias movida a baterias para não passar da
taxa zero de emissões e de ruído, com base numa plataforma inteligente. Ainda é
só um projeto, mas diz bem do que podem ser os próximos tempos. Por outro lado,
a portuguesa iomo (tal como a norte-americana Lime, esta já com experiência de
outras andanças) vai inaugurar em Lisboa um serviço de partilha de trotinetes
elétricas enquanto a Xiaomi, mais conhecida pelos seus equipamentos móveis,
está a lançar um kart elétrico que aguenta até 100 quilogramas e pode chegar
aos 24 km/h. Sempre pelos caminhos da inovação.
É hora de começar a preparar os
modelos de negócio e trazer os exemplos de sucesso, fazer as malas e vir para
Portugal;
- 17 de outubro é o primeiro de 15 dias muito intensos organizados pela Beta-I;
- a componente prática do EDP Open Innovation, as equipas têm de mostrar a que está mais empenhada no desenvolvimento do seu projeto — entre exercícios práticos, visitas de estudo, aulas teóricas e conversas com mentores;
- Esta experiência inclui alojamento em Lisboa e uma componente de imersão no ecossistema empreendedor;
A 30 de outubro chega o dia
decisivo do Investment Pitch. Aqui, perante uma plateia composta por júri e
investidores, os participantes terão apenas alguns minutos para mostrar o seu
projeto e o quanto evoluíram. Será também divulgado qual a melhor equipe
(aquela que ganhará os €50 mil) e quais os três projetos que estarão no stand
da EDP na terceira edição da Web Summit, entre 6 e 8 de novembro
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: Portugal no grupo dos líderes na descarbonização dos transportes
Publicado no
Verdesobrerodas
Por Expresso conteúdo
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