As fabricantes de automóveis
do mercado de massa como a Peugeot têm um pesadelo recorrente: seus veículos são relegados para hardwares de
transporte enquanto aplicativos oferecem o valor que os consumidores querem. Para impedir esse
cenário, a Peugeot está tentando provar que o estilo ainda terá importância
apresentando um carro que lembra o clássico 504 Coupé de 1969. Apesar do estilo
retrô, a tecnologia é futurista, com 16 telas, dois motores elétricos e um
volante que se retrai durante a direção autônoma.
O conceito e-Legend, que estreará no Salão do Automóvel de Paris nesta semana, apresenta um interior de veludo azul e madeira no qual o motorista pode optar por relaxar e assistir a um filme enquanto o carro opera de forma autônoma. O veículo elétrico tem autonomia de até 600 quilômetros e suas baterias podem ser quase completamente recarregadas em 25 minutos. Ele é capaz de acelerar para 100 quilômetros por hora em menos de quatro segundos e tem velocidade máxima de 220 km/h.
A francesa PSA Group —
fabricante dos carros Peugeot, Citroën e DS — não é a única fabricante a
recorrer à nostalgia em meio à desconcertante mudança tecnológica. A
Mercedes-Benz, da Daimler, a Infiniti, da Nissan Motor, e a Jaguar, da Tata
Motors, usaram designs clássicos em protótipos recentes. No caso das marcas de
alto nível, esses esforços reforçam a imagem para os amantes de carros, mas os
benefícios são menos óbvios para marcas do mercado de massa, que são mais
propensas a fornecer veículos para serviços de carona compartilhada que acabam
sendo intercambiáveis para os clientes.
Mesmo assim, a maioria
das fabricantes não depende apenas do design para capturar valor em uma era de
táxis-robôs. As informações geradas pelo carro, como a localização, a
programação e as preferências de compra do motorista, são vistas como uma nova
fonte de receita. Além disso, elas estão desafiando empresas como a Uber
Technologies. A Volkswagen está desenvolvendo o serviço de carona compartilhada
Moia e a PSA criou seu próprio aplicativo de transporte, chamado Free2Move.
Um modelo que se juntará
ao e-Legend no Salão de Paris é o X E-Tense, da DS, a marca de luxo da
fabricante francesa. O conceito elétrico, uma visão para o transporte da década
de 2030, apresenta uma linha de teto assimétrica e inclui uma máquina de café
expresso em um compartimento fechado para os passageiros e cabine aberta para
um motorista humano ou robô.
A Citroën, a marca do
grupo voltada ao mercado de massa conhecida por seus designs peculiares,
apresentará um veículo muito mais realista em Paris, uma versão híbrida do SUV
C5 Aircross. O veículo estará disponível no mercado europeu no ano que vem e
faz parte dos planos da empresa de oferecer versões elétricas ou híbridas de
todos os seus modelos até 2025.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: Para Peugeot carro deve ser elétrico, autônomo e com estilo arrojado
Publicado no
Verdesobrerodas
Por EXAME conteúdo
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