Nesta terça-feira, 16 de
outubro de 2018, o prefeito em exercício e presidente da Câmara Municipal,
Milton Leite, e secretários da gestão do prefeito Bruno Covas estiveram na
planta da empresa BYD, produtora de ônibus elétricos e de placas de energia
fotovoltaicas, em Campinas, no Interior de São Paulo.
Em entrevista exclusiva, por telefone, ao Diário do Transporte, Milton Leite diz que a empresa BYD já comprou em Araçatuba, no interior de São Paulo, uma fazenda onde vai gerar a energia elétrica necessária para os ônibus por meio de placas de captação de luz solar. Esta energia será disponibilizada ao Operador Nacional do Sistema, o que vai gerar crédito para abater do consumo da cidade de São Paulo.
“É um grande avanço porque há um ciclo completo. A
geração de eletricidade é totalmente limpa, por meio da energia solar. O
sistema estará livre das oscilações de fornecimento e das bandeiras tarifárias
que encarecem a energia. O custo será mais baixo para o transporte coletivo” – garante.
Entre esta e a outra
semana, segundo Milton Leite, a Secretaria de Municipal de Mobilidade e
Transportes e a SPTrans – São Paulo Transporte vão definir a garagem de uma das
empresas do sistema que vão receber estes primeiros 15 ônibus. Nas garagens, será
necessária apenas a estrutura de recarga dos ônibus, que também será fornecida
pela BYD.
Também será necessária
uma subestação na garagem ligada ao Operador do Sistema, que vai consumir o
crédito gerado em Araçatuba. A subestação ligada ao
Sistema Nacional de Energia vai evitar que a garagem fique desabastecida e
sofra com oscilações e quedas de energia que possam vir a prejudicar o
carregamento das baterias dos ônibus.
De acordo com Milton
Leite, em contrato, será estipulado que os custos de operação de ônibus elétricos
serão iguais ou inferiores ao do diesel. “Fixamos um
limitador. Os custos máximos da locação destas baterias [dos ônibus] que vão
ser fornecidas junto com os chassis e as carrocerias não podem ser maiores do
que a cidade já gasta com óleo diesel. Vai ser estipulado um teto de acordo com
o que já pagamos com o diesel. Assim, os combustíveis fósseis estarão sendo
gradativamente eliminados para que tenhamos um transporte sem emissões” – disse.
Em janeiro deste ano, o
então prefeito João Doria sancionou a lei 16.802 que estipula novas metas de
redução de poluição pelos ônibus municipais. As reduções de emissões
de poluição pelos ônibus de São Paulo devem ser de acordo com o tipo de
poluente em prazos de 10 anos e 20 anos. Em 10 anos, as reduções
de CO2 (gás carbônico) devem ser de 50% e de 100%, em 20 anos. Já as reduções
de MP (materiais particulados) devem ser de 90%, em 10 anos, e de 95%, em 20
anos. As emissões de Óxidos de Nitrogênio devem ser de 80%, em 10 anos, e de
95%, em 20 anos.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: BYD compra fazenda em São Paulo para gerar energia solar
Publicado no
Verdesobrerodas
Por Adamo Bazani conteúdo
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