O CPqD, em parceria com a
PHB Eletrônica, está iniciando um projeto destinado a desenvolver uma família
de eletropostos para recarga de veículos elétricos com tecnologia – e produção
– totalmente brasileira. O projeto conta com o apoio financeiro do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – que vai investir um
total de R$ 3,4 milhões, por intermédio do BNDES Funtec – e da Empresa
Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), da qual o CPqD é uma
das unidades credenciadas.
“A disponibilidade de uma ampla rede de eletropostos, cobrindo os centros urbanos e rodovias, é um dos requisitos fundamentais para a disseminação no país da tecnologia de veículos elétricos do tipo plug-in”, afirma Raul Beck, responsável técnico da área de Sistemas de Energia do CPqD. “O desenvolvimento de uma família nacional de eletropostos certamente vai contribuir para a implantação dessa rede, além de atender à demanda dos usuários que querem instalar em suas casas o equipamento para a recarga da bateria de seus veículos elétricos”, acrescenta.
O projeto, que terá dois
anos de duração, prevê o desenvolvimento de três modelos de eletropostos:
normal, destinado ao uso doméstico, semirrápido e rápido, ambos para instalação
em espaços públicos como estacionamentos, shopping centers, postos de
combustíveis, entre outros. Nos eletropostos normais, a recarga da bateria leva
de 8 a 16 horas; no semirrápido, ocorre em 2 a 4 horas e, no rápido, em até uma
hora, dependendo do modelo do veículo. Todos os equipamentos serão
desenvolvidos de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) para esses produtos.
“Um dos destaques dessa
inovação será o alto nível de automação integrada aos produtos, destinada a
facilitar e otimizar a interação entre o usuário e o equipamento”, revela
Daniel Robson Pinto, pesquisador do CPqD envolvido no projeto. Ele menciona
como exemplo a utilização de tecnologias de identificação do usuário, por meio
de RFID, NFC e/ou Bluetooth, para liberação do uso do eletroposto, controle da
recarga e futura cobrança pela energia consumida. Para os estabelecimentos que
irão oferecer o serviço, a solução incluirá recursos para o controle e
gerenciamento dos eletropostos, medição do consumo de energia e comunicação com
sistemas nacionais de georreferenciamento e billing.
Segundo Raul Beck, o
projeto irá contemplar desde a concepção e aplicação das tecnologias
relacionadas até o desenvolvimento dos produtos finais – o que inclui estudos
sobre o estado-da-arte na área, benchmarks internacionais, seleção de
tecnologias, implementações, testes e validações, entre outras atividades. A previsão
é que os primeiros protótipos de eletropostos nacionais estejam disponíveis
para produção industrial no final de 2020.
O investimento total no
projeto é da ordem de R$ 5 milhões. A responsável pela produção dos novos
eletropostos será a PHB Eletrônica, empresa brasileira com mais de 30 anos de
experiência em projetos de inovação na área de eletrônica de potência aplicada
a sistemas de energia. O CPqD, por sua vez, possui experiência e conhecimento
avançado nas áreas de sistemas e protocolos de comunicação, billing, Internet
das Coisas (IoT) e veículos elétricos.
Desde o início de 2017, mantém em suas
instalações em Campinas um Laboratório de Mobilidade Elétrica, que faz parte do
Programa de Mobilidade Elétrica – Emotive, conduzido pela CPFL Energia com o
apoio de recursos do programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional
de Energia Elétrica (ANEEL). Esse laboratório está equipado para realizar
ensaios e avaliações em eletropostos e veículos elétricos.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: BNDES investirá R$ 3,4 milhões em eletropostos
Publicado no
Verdesobrerodas
Por IP News conteúdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário