A empresa portuguesa
Human Mobility está a desenvolver um micro veículo elétrico, o i.triu, que
pretende ser uma solução de mobilidade urbana, com uma scooter integrada que faz
parte da bateria e pode também ser autônoma.
Conforme explicaram à
Lusa o diretor de Tecnologia da Human Mobility, Tiago Carita, e o responsável
pelo designer,
André Costa, o i.triu é um micro
veículo elétrico desenhado para ter a largura máxima de uma mota,
capaz de transportar dois adultos, sentados um à frente do outro, e uma criança
pequena, que tem uma trotinete elétrica (scooter)
que faz parte da bateria do carro, mas está também preparada para ser autônoma.
A scooter é a parte do projeto que está numa fase mais avançada de desenvolvimento, tendo sido submetida recentemente a patente e existindo já um protótipo que é “muito próximo do final”, explicaram. A 3U last mile scooter será mais pequena do que os veículos deste gênero que já existem, uma vez que se pretende que seja uma solução para responder à questão da complexidade do espaço urbano.
O i.triu, cujo nome se
deve ao facto de ter três rodas, vai compreender duas motorizações
independentes: uma elétrica, para andar na cidade, e outra a combustão para
chegar dos arredores aos centros urbanos, podendo circular em
autoestrada e sendo uma solução para as questões de autonomia, normalmente
associadas aos veículos elétricos.
Uma vez que a ideia é que
o veículo ocupe pouco espaço, os promotores do projeto pensaram em instalar um
periscópio que permitirá ao condutor ter uma maior visibilidade do trânsito. O condutor poderá ver as
imagens captadas pelo periscópio através de uma aplicação móvel que vai
controlar todo o veículo, que terá também uma doca robótica (uma espécie de “mordomo”
ou assistente pessoal).
Das características do
i.triu, reveladas numa apresentação restrita, a que a Lusa teve acesso,
destacam-se a capacidade de minimizar o consumo de energia e as emissões
poluentes por ser “totalmente elétrico enquanto dirige em CBD [nos centros
urbanos]”, ser “acessível, apesar de incluir soluções tecnológicas de ponta”, e
estar pensado para uma “futura integração de ‘drones’ para transporte aéreo”. Por sua vez, a scooter, além das
características já referidas, terá “rastreamento remoto”, “sistema de bloqueio
e alarme”, “funções de acionamento autónomo” e “sistema de ajuda para subir
escadas”.
A Human Mobility
espera começar a pré-venda da scooter no início do próximo
ano, no entanto, o i.triu completo está ainda em fase de finalização
do protótipo, que a empresa prevê que esteja pronto no final do verão de 2020,
para começar a ser comercializado durante o ano seguinte. A ideia é que o i.triu
seja comercializado como um kit,
para poder ser modelado pelo comprador.
O investimento inicial de
200 mil euros de uma business angel (investidor privado que aposta em
empresas em fase inicial) permitiu, segundo a Human Mobility, que o projeto se
desenvolvesse até à fase atual, estando agora os promotores a tentar reunir
investidores para as fases que se seguem.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: Protótipo do elétrico português i.triu será concluído em 2020
Publicado no
Verdesobrerodas
Por eco conteúdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário