No esforço para reduzir
emissões, sem grande volta a dar, a Mercedes-Benz tem a eletrificação como
estratégia.
A estratégia tem por base a sigla EQ, à qual correspondem três
formatos tecnológicos: EQ Boost (com tecnologia micro-híbrida de 48 volts), EQ
Power (a mais recente Plug-in híbrida) e, por fim, a EQ para os elétricos a que
se junta depois uma letra correspondendo à gama do modelo (como a EQC). A meta, por isso, é o
aumento do número de gamas eletrificadas, estimando a Mercedes-Benz que por
2020 tenha mais de 20 modelos EQ Power nas estradas, destacando-se por ser a
única fabricante a ter soluções híbridas Plug-in a gasolina e Diesel.
Modelos importantes para a estratégia comercial da Mercedes-Benz na Europa, os Classe A (compacto e Limousine) e Classe B recebem a tecnologia PHEV de nova geração, já com capacidade para percorrer até 77 quilômetros no ciclo NEDC (ou 69 no novo WLTP) com a eficiência de zero emissões a partir de uma motorização híbrida de 160 kW (218 CV) e 450 Nm de binário máximo, o que lhe permite acelerar dos zero aos 100 km/h em apenas 6,6 segundos. O motor elétrico de 75 kW está integrado na caixa automática de dupla embraiagem com oito velocidades, ajudando o motor 1.3 de 160 CV e 250 Nm nas suas tarefas de propulsão, quando necessário, ou movendo o carro sozinho.
A bateria de iões de
lítio com 43 Ah e capacidade de 15.6 kWh permite-lhe aumentar a autonomia
elétrica e atingir uma velocidade máxima sem emissões de 140 km/h. Tem um peso
de 150 kg e arrefecimento líquido. O consumo de combustível no Classe A varia
entre os 1,4 e os 1,5 l/100 km e as emissões entre 33 a 34 g/km de CO2 (no B
250 e esses valores são de 1,4 a 1,6 l/100 km e de 32 a 36 g/km de CO2).
Outra das suas
particularidades é o fato de permitirem carregamento DC de 24 kW, podendo
carregar 10% a 80% da bateria em apenas 25 minutos. Numa wallbox (que também
estará disponível) de 7.4 kW em corrente alternada (AC) o mesmo carregamento
cumpre-se em 1h45m.
A montagem da bateria
procurou não interferir no espaço a bordo, estando localizada sob os bancos
traseiros enquanto o depósito de combustível passou para junto do eixo
traseiro, tirando apenas 70 litros à capacidade normal de um outro Classe A com
motor 1.3 a gasolina. Uma particularidade técnica deste sistema é o
desenvolvimento inteligente de um novo escape, com a panela de escape no centro
do veículo e a saída de escape orientada para a frente, estando este sistema
integrado no túnel central.
O mesmo sistema é
aplicado no B 250 e, sendo que ambos os automóveis apenas chegam ao mercado no
final do ano.
Também em estreia, mas
com chegada apenas para o primeiro trimestre de 2020, o GLE 350 de 4MATIC
estreia a terceira geração do sistema híbrido Plug-in, com maiores capacidades
e uma autonomia 100% elétrica já acima dos 100 quilômetros, mais concretamente,
106 km no ciclo NEDC. No ciclo WLTP, reduz-se para um valor entre 90 e 99
quilômetros.
A marca recorreu neste
modelo a uma nova composição do esquema das baterias, dispondo do dobro das
células da versão anterior, mas com o mesmo tamanho. Com 43 Ah, esta bateria
tem duas placas em paralelo, duplicando assim a sua capacidade (15.6 kWh em
duplicado, num total de 31.2 kWh), podendo assim obter uma potência elétrica de
100 kW e 440 Nm de binário. O motor de quatro cilindros em linha turbodiesel de
última geração oferece 194 CV e 400 Nm. Combinados, estes dois motores oferecem
235 kW ou 320 CV, para um binário máximo de 700 Nm. O motor está associado a
uma caixa automática 9G-TRONIC híbrida. A velocidade máxima em
elétrico é de 160 km/h, enquanto a aceleração dos zero aos 100 km/h cumpre-se
em 6,8 segundos.
A disposição paralela das
células de baterias reduz também o esforço individual e aumenta a eficiência,
fornecendo uma corrente maior durante um maior período de tempo.
O carregamento pode ser
feito em DC ou AC. No primeiro caso, pode receber até 64 kW em tomadas CCS para
carregar dos 10% aos 80% em 20 minutos. No segundo caso, recorrendo a uma wallbox em AC de 7.4 kW, o
tempo estende-se para as 3h15m.
Para incrementar a
eficiência, a marca melhorou o sistema de recuperação de energia cinética,
graças a uma evolução do sistema 4MATIC com entrega variável do binário entre
os dois eixos. Isso quer dizer que o binário de 700 Nm podem ser distribuídos
continuamente entre os eixos da frente ou traseiro.
Além de melhorar a
performance em pisos escorregadios ou com obstáculos, intensifica também a
recuperação de energia que pode beneficiar de diferentes modos de regeneração
(do mais intenso ao menos evidente), com a possibilidade de recuperar até 1800
Nm de binário elétrico nas rodas. O novo GLE 350 de 4MATIC
apenas chegará ao mercado no primeiro trimestre de 2020.
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Postagem: Mercedes-Benz tem a eletrificação como estratégia para reduzir emissões
Publicado no
Verdesobrerodas
Por Motor 24 conteúdo
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