Depois de investir em
empreendimentos baseados nos motoboys, como a brasileira Loggi, anunciou nesta semana
um aporte de 940 milhões de
dólares (na cotação atual, cerca de 3,5 bilhões de reais) na startup de delivery autônomo Nuro.Tais negócios, porém, possuem em
algo em comum: o uso da tecnologia. Esta é a aposta do SoftBank para recuperar
seus bilhões de dólares investidos antes que a fonte de capital se esgote.
Criada em 2016, a Nuro afirma que sua missão é “acelerar os benefícios da robótica para o dia a dia”. Seu primeiro passo é um veículo elétrico e sem motorista para entregas de curta distância com destino ao consumidor final. Esse trecho é conhecido no mercado de delivery como last mile, ou última milha. Hoje, a Nuro possui frotas em estados como Arizona, Califórnia e Texas. De acordo com o site de tecnologia TechCrunch, o veículo autônomo da Nuro pode suportar até seis sacolas de compras. Elas são divididas em dois compartimentos.
Além do potencial de mercado,
outro fator que pode ter atraído o fundo bilionário japonês são os fundadores
da Nuro. O negócio foi criado por Dave
Ferguson e Jiajun Zhu, antigos funcionários da Waymo, divisão de
carros autônomos da gigante de tecnologia Google. O negócio possui 300
funcionários, um terço deles com contratos fixos. “O time de qualidade mundial
da Nuro conseguiu escalar sua tecnologia de direção autônoma do laboratório
para as ruas”, afirmou em comunicado à imprensa Michael Ronen, sócio da divisão
de investimentos do SoftBank.
A Nuro usará seu investimento
para expandir entregas, adicionar parceiros, contratar funcionários e aumentar
sua frota de robôs entregadores e motoristas. Tais movimentos possuem
precedentes. Em outubro do ano passado, a Nuro licenciou sua tecnologia para a empresa
americana de caminhões autônomos Ike. Em dezembro, a startup fez uma
parceria com a varejista americana Kroger e trocou a frota de Toyota Prius
autônomos da varejista pela de veículos autônomos próprios da Nuro, batizados
de R1, no estado do Arizona.
Em comum a todas essas empresas
de delivery, incluindo a autônoma Nuro, está o investimento em tecnologia. Mesmo
que não planeje entregadores robóticos, a Loggi investirá em algoritmos que
conseguirão antecipar padrões de desvio de rota por conta de condições
climáticas e de trânsito, por exemplo. Com isso, notificam o motorista e o
consumidor com maior antecedência e melhoram a operação da Loggi.
No lugar de definir a aposta do
SoftBank em delivery humanizado ou computadorizado, é mais preciso dizer que
seu fundo aposta na tecnologia para o mercado de entrega de encomendas. Até agora, o SoftBank usou metade de seus 100 bilhões de dólares destinados
a investimentos em negócios inovadores. O dinheiro poderá secar até
2020. A meta é que ele retorne de algum lado, seja este o das pessoas ou o dos
robôs.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: Startup recede investimento milionário para produzir VE e autônomo
Publicado no
Verdesobrerodas
Por EXAME conteúdo
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