Disposta a promover no País o
interesse por carros elétricos, a Nissan do Brasil está fazendo diversas
parcerias com institutos de pesquisa e universidades locais para tornar esse
tipo de veículo atrativo e viável para os consumidores e a sociedade em geral.
Os projetos em estudo visam
ampliar o uso da energia armazenada no carro, reutilizar as baterias retiradas
dos veículos, promover sua reciclagem completa após o descarte e desenvolver a
tecnologia da célula a combustível com uso de etanol para gerar oxigênio.
Na sexta-feira, 8, a empresa
anunciou projeto conjunto com o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e com o
Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (Itai) para o desenvolvimento de
carregadores bidirecionais. O equipamento permitirá ao proprietário do carro transferir
a energia da bateria não utilizada para uso na residência, no escritório ou
para a rede de distribuição.
O objetivo é produzir os
carregadores no Brasil e, segundo o presidente da Nissan brasileira, Marco
Silva, já há uma empresa interessada, mas o nome ainda é mantido em sigilo.
"O consumidor pode até ter uma renda extra pois pode carregar o carro em
momento de baixo consumo, quando a energia é mais barata, é revender nos
momentos de pico, quando é mais cara." Além de tropicalizar a tecnologia
de acordo com a rede nacional de distribuição de energia no País, a pesquisa
servirá de subsídio para a regulamentação da transferência da energia para a
rede elétrica. Essa regulamentação será feita pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel).
Segundo Silva, o proprietário
poderá, por exemplo, usar a bateria do carro em caso de cortes de energia na
residência e até ter uma renda extra se carregar a bateria fora dos momentos de
pico de uso e vender o que sobrar para as distribuidoras. A forma como isso
será feito, quantidades a serem repassadas e preços terão de ser definidos na
regulamentação. Este tipo de equipamento já está
em uso nos Estados Unidos e, se importado, custaria cerca de US$ 20 mil, mas, nesse
caso, só poderia ser usado para fins domésticos, diz Silva.
O diretor técnico do PTI, Claudio
Osako, diz que o instituto já vinha trabalhando no desenvolvimento de eletropostos
bidirecionais para serem instalados em shopping centers e empresas, por
exemplo, para compartilhar a energia que sobra na bateria do carro em escala
maior. "Para testar esse projeto
precisávamos de carros elétricos bidirecionais, que recebem e transferem a
energia e, por enquanto, só o modelo Leaf tem essa tecnologia", afirma
Osako. A empresa cedeu inicialmente dois carros para os testes, mas, segundo
Silva, a parceria irá além disso futuramente..
Essa é a segunda parceria da
Nissan para promover a mobilidade elétrica no País. Desde o ano passado a
empresa aceita encomendas do Leaf, modelo 100% elétrico mais vendido
globalmente. Até agora foram vendidas 15 unidades, mas Silva aposta em maior
demanda até o fim do ano.
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Postagem: Nissan faz esforço para promover carro elétrico no Brasil
Publicado no
Verdesobrerodas
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