O plástico pode não ser
muito popular hoje em dia, por causa das montanhas de sacos usados que acabam
por ir parar aos oceanos. No entanto, este material poderá ser a solução para
fazer com que os carros elétricos se tornem mais eficientes no uso de energia,
reduzindo em grande escala o peso destes automóveis. E este protótipo de carro
elétrico mostra como o plástico pode substituir o aço.
O ItoP é um projeto oriundo do Japão, fundado publicamente através do programa de investigação científica Impact, juntando a experiência de vários fornecedores da indústria automóvel. O nome do ItoP significa “Iron to Polymer”, ou “De Ferro a Polímero”, e foi concebido por uma equipa liderada por Kozo Ito, professor na Universidade de Tóquio. Ito pretende reduzir o peso do carro elétrico, afirmando que “conseguimos construir um carro de 850 kg, quando normalmente estes pesam 1300 ou 1400 kg. Se reduzirmos o peso para metade, podemos duplicar a eficiência”.
Carrocerias de plástico
já foram usadas no passado para fazer automóveis leves, mas não têm a mesma
resistência ao impacto e não defendem os ocupantes de um impacto da mesma
maneira. O PMMA (metacrilato de polimetil), também conhecido como Perspex, é um
acrílico que já é usado nos faróis de automóveis, mas é demasiado quebradiço
para outras utilizações.
A Sumitomo, gigante da
indústria química no Japão, fundiu o PMMA com um policarbonato para criar um
acrílico plástico dez vezes mais resistente, que consegue também ser mais
flexível. Como este acrílico é baseado num material que já é produzido em
massa, deverá ser mais fácil introduzir este novo polímero no mercado. Está a
ser feita investigação para criar uma versão transparente deste plástico, de modo
a poder substituir o vidro num carro elétrico, mas isso vai estar dependente de
regulamentos de países onde é obrigatório usar o vidro como material nos
para-brisas.
Outras empresas
contribuíram com materiais para fazer o ItoP. A Toray, uma empresa da indústria
têxtil foi a responsável pela carroceria, feita de uma resina oito vezes mais
resistente que o plástico, mas esta resina, chamado polirotaxano, não é
produzida em série e poderá ter mais dificuldades em ser usado num automóvel. A
Bridgestone, por seu lado, criou um pneu que usa um polímero de plástico que
mantém a integridade da estrutura mesmo quando é esticado, melhorando a
durabilidade do pneu, reduzindo o seu peso e cortando a quantidade de borracha
presente em 30 por cento.
Antes de aplicar os materiais
estreados no ItoP num carro elétrico de produção em série, vai ser necessário
baixar os custos de produção, já que estes são polímeros prometem ser mais
caros que o aço ou o vidro. A equipe da Universidade de Tóquio também está a
estudar a possibilidade de utilizar plásticos biodegradáveis, mas a resistência
destes é muito menor até que a dos plásticos normais.
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Postagem: Plástico poderá substituir o aço nos veículos elétricos
Publicado no
Verdesobrerodas
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