
O homem-forte do Grupo que controla a Peugeot, Citroen, DS e Opel/Vauxhall e que é também o atual presidente da ACEA, a influente associação europeia do setor, disse, num evento promovido pela revista francesa Le Journal de l’Auto, que que o impacto das exigências de Bruxelas é muito óbvio e que vai criar um "Cavalo de Troia chinês na Europa”.
Bruxelas fixou para o horizonte
2020-2021 um nível máximo de emissões de CO2 por fabricante de 95 gramas por
quilômetros, ameaçando com multas de biliões de dólares quem não cumprir esses
limites. Hoje, o nível de emissões admitido é de 130 g/Km.
O alerta de Carlos Tavares
sublinha as preocupações sobre a crescente influência de grupos estrangeiros
sobre os fabricantes, os empregos e a tecnologia europeus.
A Volvo está hoje
integrada no grupo chinês Geely e a Jaguar Land Rover pertence ao grupo indiano
Tata. Na própria PSA, os chineses da Dong Feng são um dos acionistas de
referência, com 12,2% do capital. No final de fevereiro, foi anunciado que o
presidente da Geely adquiriu uma posição de 10% no capital da Daimler, dona da
Mercedes-Benz e da Smart.
“Se um fabricante europeu falhar
os seus objetivos de CO2 e ficar de joelhos por causa das multas, poderá não
ser salva por um grande grupo europeu, por causa das leis da concorrência”,
adiantou o presidente da ACEA.
“Isto criará uma oportunidade
para um investidor estrangeiros para trazer a tecnologia imposta pelas
autoridades europeias, o que quer dizer veículos elétricos. E quem são os
líderes na eletrificação automóvel? São os chineses”, explicou Tavares, que
sugere uma suspensão das penalizações até que os governos europeus consigam
instalar uma rede de carregamento de baterias adequada. Uma sugestão que o
presidente da ACEA quer levar, como proposta formal, à próxima assembleia do
organismo.
A queda acentuada das vendas de
veículos com motores diesel, com menor emissões de CO2, está a dificultar ainda
mais o atingir, dentro dos prazos previstos, dos limites definidos por
Bruxelas. Nos EUA, a administração Trump já
concordou em aligeirar as metas para as emissões, inicialmente previstas para
2022-25, em resposta a um pedido de fabricantes de automóveis do país.
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Postagem: Para PSA chineses podem expandir mercado de EV na Europa
Publicado no
Verdesobrerodas
Por automonitor conteúdo
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