
Com uma frota de 14 mil veículos
das marcas Mercedes-Benz e Smart, em 26 cidades europeias, asiática e
norte-americanas, a Car2Go foi o primeiro e é o maior sistema de free floating
carsharing, o que significa que os veículos podem ser estacionados em qualquer
lugar, não precisando por isso de estações próprias para levantamento ou
entrega.
Das viaturas que compõem a frota, 1400 são smart fortwo e Mercedes-Benz Classe B elétricos, que operam em Estugarda, Amesterdão e Madrid, três cidades europeias onde a Car2Go está em modo exclusivamente elétrico. “O futuro do carsharing será 100% elétrico”, acredita Reppert, que assumiu as rédeas da empresa há cerca de um ano, depois de 12 anos no departamento de vendas da Mercedes-Benz e de seis ao serviço da smart.
Reppert esteve em Lisboa para
participar na Web Summit e não esconde o interesse em alargar à capital
portuguesa os serviços da Car2Go. Mas, para isso “é necessário alterar as
regras de estacionamento nas zonas residenciais, para permitir o parking a
veículos de carsharing”, explica. “Não é prático estarmos a operar numa cidade
ponde existem estas exceções. É complicado. Até porque parte da conveniência do
carsharing é a possibilidade de podermos estacionar em todas as zonas”,
adianta.
Acredita que o carsharing será
uma tendência urbana generalizada no futuro?
É uma questão de tempo. Tenho
quase a certeza que o free floating carsharing está apenas no início. Porquê?
Porque estamos a sentir um interesse crescente por este tipo de serviço, em
todas as cidades onde já estamos presentes. As pessoas estão a perceber que o
carsharing é uma alternativa real de mobilidade na cidade. Uma pessoa usa o
serviço Car2Go, tem uma boa experiência, relata-a aos amigos e assim por
diante. A notícia vai-se espalhando através do boca-a-boca.
Estou certo de que nas áreas
metropolitanas, muitas pessoas estarão dispostas a trocar o segundo carro de
casa pela utilização de serviços alternativos de mobilidade, como o carsharing,
ou até mesmo os transportes públicos. Porque a mobilidade nas cidades
do futuro vai-se fazer por uma combinação destas alternativas. Usa-se o
carsharing porque gostamos de conduzir o carro, mas é conveniente para o
consumidor que existam uma série de outras alternativas. E é por isso que
acredito que estamos apenas no início e que, ao longo dos próximos anos, o
carsharing se tornará cada vez mais relevante.
Há uma ideia de que o carsharing
pretende substituir uma parte do transporte público, mas isso não é verdade.
Pelo contrário, as cidades onde estamos a ter maior sucesso são aquelas onde os
transportes públicos funcionam melhor. E sabemos que os clientes estão a usar
ambos os tipos de transportes. Eu acredito firmemente que o
futuro do carsharing será 100% elétrico. Na apresentação que fiz na Web Summit,
sobre o que vai acontecer por volta de 2030, defendi que as frotas de
carsharing, serão completamente autônomas e elétricas. E isso é importante. Mas para que isso aconteça é
preciso uma grande colaboração com as autoridades das cidades, para que existam
infraestruturas e para que os veículos elétricos e autônomos sejam autorizados
e possam circular nessas cidades.
Uma das prioridades é a
autorização para podermos estacionar os nossos veículos em todas as ruas e
zonas. Porque os nossos clientes não querem estar preocupados a pensar onde é
podem estacionar. Em algumas cidades, como Lisboa, há áreas residenciais onde o
estacionamento de viaturas de carsharing não é permitido.
Isto é importante, porque uma das
vantagens do carsharing é a sua conveniência e facilidade de utilização, com
recurso à aplicação de smartphones que permite ao cliente, em poucos segundos,
abrir as portas e pôr o carro em andamento, ou fechá-las e abandonar o veículo
estacionado. Tudo sem problemas ou grandes complexidades para usar o serviço. E
isso exige que seja fácil estacionar.
Mas com a demand prediction, que
prevê a procura pelo serviço em determinados locais, e os carros autônomos,
não vais ser preciso estacionar… ... Teremos sempre de ter espaço
para estacionamento, até porque poderão existir picos de utilização, horas de
ponta no serviço. Se houver um grande evento, por exemplo, temos de responder
ao aumento de procura nesse local, no final, e transferir para esse local uma
parte da nossa frota que não estiver a ser utilizada noutros sítios. E isso
exige espaço para parquear.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: Carsharing deverá apoiar a expansão dos veículos elétricos
Publicado no
Verdesobrerodas
Por automonitor conteúdo
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