
Sim, haverá um ponto no tempo onde estas tecnologias terão amadurecido o suficiente para se tornarem a melhor solução para tudo, ou quase tudo.
Mas até lá, não seria melhor encontrar receptáculos rolantes mais adequados para estes avanços? Existem mais “ratos de laboratório” por aí. Veículos cuja utilização implica rotas pré-programadas, tornando mais fácil calcular e dimensionar as necessidades energéticas para o seu uso. Ao contrário do automóvel privado que não obedece a padrões de utilização regulares e tem de responder aos anseios, por vezes infundados, do consumidor.
Rotas pré-definidas, trajetos
curtos, velocidades baixas, número elevado de travagens são as condições ideais
para um veículo elétrico. Precisamente o tipo de utilização que os ônibus
urbanos têm. Já aqui nos referimos ao autocarro elétrico da Hyundai, mas
felizmente, não é o único. Sabias que o veículo elétrico com
mais autonomia atualmente é um autocarro? A Proterra, uma construtora
norte-americana, apresentou um ônibus capaz de percorrer 1772 km. Mas
tratando-se de um ônibus urbano, não necessitamos de valores dessa ordem de
grandeza – o que implica menos baterias e logo custos inferiores. Em caso de
necessidade, estações de carregamento rápido estrategicamente colocadas podem
colmatar todas as necessidades energéticas.
É a proposta da New Flyer, outro
construtor de ônibus norte-americano, ao apresentar o seu novo ônibus
elétrico, o Xcelsior CHARGE. Disponível com diversas configurações,
incluindo modelos articulados, permite autonomias reais a rondar os 200 km. Poderá ser equipado com diversos
conjuntos de baterias que podem ir dos 600 kWh aos 885 kWh – como nota, o Tesla Model S fica-se pelos 100 kWh. Mas o
interesse reside noutro tipo de números, avançados pela New Flyer.
O seu modelo terá uma vida útil
de 12 anos e nesse período poupará até menos 400 mil dólares em combustível,
até menos 125 mil dólares em manutenção e uma redução de emissões de gases de
estufa entre 100 a 160 toneladas quando comparado com um autocarro a Diesel.
Talvez o argumento definitivo que
convenceu a cidade de Los Angeles, nos EUA, a encomendar 35 unidades com opção
para mais 65, e que se juntarão aos 60 já encomendados à chinesa BYD – até 2030
todos os ônibus deverão ser zero emissões.
E os passageiros ainda
beneficiam de conforto acrescido, com o Xcelsior CHARGE a ser bastante
mais silencioso que um novo ônibus
elétrico, o Xcelsior CHARGE Diesel. Apesar da autonomia parecer reduzida,
a New Flyer garante 24 horas por dia de uso graças a estações de carregamento
rápido, que em seis minutos garantem carga suficiente para mais uma hora de
utilização. Para um carregamento total, usando o sistema plug-in incorporado, as
baterias podem ser totalmente recarregadas em pouco mais de 90 minutos.
E por cá? Para quando a
substituição dos inúmeros ônibus a Diesel que percorrem as nossas
principais cidades?
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: Será o ônibus urbano o candidato ideal para ser eletrificado?
Publicado no
Verdesobrerodas
Por Razão Automóvel conteúdo
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