
A aposta é no veículo elétrico, cuja tecnologia de baterias de fosfato de ferro-lítio foi desenvolvida pela empresa de Shenzhen, localizada província de Guangdong.
Através do ônibus elétrico K9, a BYD criou um chassi-plataforma para receber carrocerias específicas e é esse produto que a empresa está oferecendo no Brasil.
Diferentemente do mercado de automóveis, o setor de transporte urbano de passageiros necessita de veículos cada vez mais eficientes e ecologicamente corretos. A poluição urbana é um dos maiores problemas enfrentados pelos grandes centros e o Brasil não está fora disso. De acordo com a BYD, o Rio de Janeiro tem níveis de poluição semelhantes aos de Santiago e Cidade do México, considerados os mais altos da América Latina.
Só em São Paulo, a
estimativa de vida é três anos e meio menor que em Curitiba, devido à poluição
urbana. Na área metropolitana da capital paulista, em torno de 8 mil mortes por
ano estão associadas com a poluição. Por conta disso, uma frota de veículos
elétricos evitaria em torno de 60 mil mortes por ano no Brasil.
Mas para se chegar ao
denominador que traria benefícios à população, o caminho é bem difícil na atual
legislação brasileira. Além da tributação equivocada, existe a falta de
infraestrutura. A BYD diz que na questão fiscal e tributária, os veículos
elétricos – que não poluem – pagam mais impostos que os veículos comuns,
movidos por gasolina, etanol e diesel.
Como não há na legislação
a categoria de veículos elétricos, estes são considerados como “outros” e por
conta disso, pagam 25% de IPI, que é o percentual máximo recolhido pelas demais
categorias, cujo percentual começa em 7%. A empresa comenta que existem três
projetos de lei em discussão no congresso, mas a evolução dos processos é lento
no legislativo.
Então, se em nível
federal a legislação não muda, cabe aos municípios e estados mudar o panorama
fiscal dos veículos elétricos. A cidade de São Paulo, por exemplo, abriu mão de
sua parcela do IPVA (50%) para o segmento, eliminando também o mesmo do rodízio
municipal. Para a BYD, a saída está nas mãos dos prefeitos, que são os
administradores mais próximos da população das cidades.
Ainda assim, existe uma
regra na legislação que impede o uso de ônibus urbanos por mais de 10 anos no
serviço público. A regra é importante do ponto de vista de custos e poluição,
já que um ônibus diesel se degrada muito rapidamente com o uso intenso e com o
passar dos anos, sua operação se torna inviável, ao contrario do que ocorre no
caso dos ônibus elétricos. Rever essa política também é necessário para que o
custo maior desse último, seja diluído em um período maior.
Além da capital paulista,
Campinas/SP – onde fica a fábrica da BYD no Brasil – Canoas/RS, Palmas/TO e
Belo Horizonte/MG já criaram programas que envolvem os veículos elétricos,
desde táxis até o transporte público por ônibus. Mas há outro gargalo que
atrapalha a introdução dos veículos movidos por bateria no Brasil. Segundo a empresa,
a ANEEL – que regula a distribuição de energia – não regulamentou a
comercialização de energia para o segmento.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a
mobilidade sustentável
Postagem: BYD foca ônibus elétricos no mercado brasileiro
Publicado no
Verdesobrerodas
Por Noticias Automotivas conteúdo
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